domingo, 21 de junho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
Imagens para Cenas - para dia 25
- Palhaço chorando borrando a maquiagem
- homem tomando café da manhã com uma mulher olhando
- no caixão vazio o assassino trepa na viúva
- mulher engolindo cartas
- noiva entrando na igreja
- um homem engessado
- homem numa rede pendurada em 2 árvores
- campo de girassóis
- mendigo dizendo - "o meu cachorro se chama Liberdade"
- barulho de um pé de scarpin vermelho
- fachada de um edifício em construção com andaimes, em cada andaime um pedreiro, passando tijolos de um pra outro até o sétimo andar
- homem cego debaixo do sol
- cego cheirando uma rosa e sorrindo
- um paletó e um vestido emoldurados dando as "mãos"
- Quadro "Os Amantes" - Magri
- homem tomando café da manhã com uma mulher olhando
- no caixão vazio o assassino trepa na viúva
- mulher engolindo cartas
- noiva entrando na igreja
- um homem engessado
- homem numa rede pendurada em 2 árvores
- campo de girassóis
- mendigo dizendo - "o meu cachorro se chama Liberdade"
- barulho de um pé de scarpin vermelho
- fachada de um edifício em construção com andaimes, em cada andaime um pedreiro, passando tijolos de um pra outro até o sétimo andar
- homem cego debaixo do sol
- cego cheirando uma rosa e sorrindo
- um paletó e um vestido emoldurados dando as "mãos"
- Quadro "Os Amantes" - Magri
domingo, 14 de junho de 2009
breathe
Caros,
acho que essa música tem tudo haver com a nossa pesquisa!
jonaya
breathe
Breathe, breathe in the air.
Don't be afraid to care.
Leave but don't leave me.
Look around and choose your own ground.
Long you live and high you fly
And smiles you'll give and tears you'll cry
And all you touch and all you see
Is all your life will ever be.
Run, rabbit run.
Dig that hole, forget the sun,
And when at last the work is done
Don't sit down it's time to dig another one.
For long you live and high you fly
But only if you ride the tide
And balanced on the biggest wave
You race towards an early grave.
pink floyd
Composição: Waters, Gilmour, Wright
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Estamos falando da ausência de sonhos...
Eu tenho muitos sonhos!
E o Manoel de Barros também! Segue um pouco dos seus "delírios":
A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
(Tarcila)
Eu tenho muitos sonhos!
E o Manoel de Barros também! Segue um pouco dos seus "delírios":
A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas, que puxa válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
(Tarcila)
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Delírio...?...
Ontem sonhei acordado
Um sonho meio nublado
Descompassado.
Com o passado sonhava acordado,
Com o passado.
E aquele desconhecido passado
Passava em minha frente,
Meio nublado.
Aquilo que era, meio desenfreado,
Nunca tinha vivido,
Mas sabia que em algum tempo já havia passado
(choque)
412 x 19 = 7828
“Pi” = (aproximadamente) 3,14
69 : 15,8 = 4,3670886
“Raiz quadrada de” 412 = 20,297783
Eu havia sonhado
(choque)
“teta” = Massa do soluto
Massa do soluto + Massa do solvente
Vm = Variação da quantidade de mols
O tempo gasto na variação
Ainda mais acordado,
Daquela forma,
Fora da fôrma...
Logo eu,
Fora da fôrma,
Logo um sonho.
Venham logo: UM SONHO
Logo meu
Puramente meu.
Tinha certeza que hoje não,
Mas em algum tempo já havia passado,
Fantasiado,
Podido ser sonhado.
(choque)
10 : 3 = 3,333333333333333333333333333
(acorda)
- Nada foi só um sonho ruim...
- Ah, foi só um sonho, então volta a dormir!
Adriano de Mattos Merlini
Ontem sonhei acordado
Um sonho meio nublado
Descompassado.
Com o passado sonhava acordado,
Com o passado.
E aquele desconhecido passado
Passava em minha frente,
Meio nublado.
Aquilo que era, meio desenfreado,
Nunca tinha vivido,
Mas sabia que em algum tempo já havia passado
(choque)
412 x 19 = 7828
“Pi” = (aproximadamente) 3,14
69 : 15,8 = 4,3670886
“Raiz quadrada de” 412 = 20,297783
Eu havia sonhado
(choque)
“teta” = Massa do soluto
Massa do soluto + Massa do solvente
Vm = Variação da quantidade de mols
O tempo gasto na variação
Ainda mais acordado,
Daquela forma,
Fora da fôrma...
Logo eu,
Fora da fôrma,
Logo um sonho.
Venham logo: UM SONHO
Logo meu
Puramente meu.
Tinha certeza que hoje não,
Mas em algum tempo já havia passado,
Fantasiado,
Podido ser sonhado.
(choque)
10 : 3 = 3,333333333333333333333333333
(acorda)
- Nada foi só um sonho ruim...
- Ah, foi só um sonho, então volta a dormir!
Adriano de Mattos Merlini
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Somewhere over the rainbow
Somewhere, over the rainbow, way up high. There's a land that I heard of Once in a lullaby.
Somewhere, over the rainbow, skies are blue. And the dreams that you dare to dream
Really do come true.
Someday I'll wish upon a star and wake up where the clouds are far Behind me.
Where troubles melt like lemon drops, Away above the chimney tops.That's where you'll find me.
Somewhere, over the rainbow, bluebirds fly. Birds fly over the rainbow,Why then - oh, why can't I?
Em algum lugar, alem do arco-iris, bem la no alto. Existe uma terra que eu ouvi certa vez numa cancao de ninar.
Em algum lugar, alem do arco-iris, os ceus sao azuis. e os sonhos que voce ousa sonhar realmente se realizam.
Algum dia eu vou desejar para uma estrela e acordar onde as nuvens estarao muito atras de mim.
Onde problemas derretem como gotas de limao, acima dos topos das chamines. Eh la que voce vai me encontrar.
Em algum lugar, alem do arco-iris, passaros azuis voam. Passaros voam alem do arco-iris, entao porque, porque eu nao posso?
Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez paga mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
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